Hoje, o convite é para que você caminhe pela sua própria casa — o seu corpo.
Nessas duas últimas semanas estou fazendo algo que não fazia a tempos. Lives. Interessante né? A possibilidade de me reunir com minha amiga Ana lá do México, junto a outras pessoas de diferentes lugares do mundo ainda não me parece algo pequeno e comum.
Estamos fazendo essas Lives juntas, para falar de um belo projeto que estamos criando: o Laboratório Regenerativo. Um espaço onde o corpo se recria, sem pressa, atravessando camadas de silêncio, presença e movimento. É como abrir cada janela dessa casa-corpo, um cômodo de cada vez, explorando o que esteve ali o tempo todo, mas nunca foi realmente habitado.
Se você souber falar Español vem aqui dar uma olhada, é uma prosa suave de comadres que se criam juntas há uma década.
Se não souber falar espanhol, segue aqui no texto que tem mais coisinhas gostosas na sequencia.
No Laboratório, unimos saberes. Ana traz seu conhecimento em Movimento Somático e eu, em Saúde Integral Feminina. E o que nasceu disso foi um espaço poético-experimental, onde o descanso se transforma em solo fértil, o propósito floresce como semente e o prazer se costura na trama da existência.
Enquanto desenhamos esse projeto, me dou conta de quantas partes do corpo ainda não foram plenamente habitadas — espaços que esperam ser vistos, sensações que pedem para ser ouvidas.
Tem aqueles momentos loucos quando o espaço que habitamos começa a nos apertar, como um vestido que já não serve sabe? Como se a gente não coubesse mais na própria casca. Quantas vezes insistimos em reformar estruturas que não sustentam mais nossa expansão? Quantas vezes nos vemos repetindo padrões, ajustando expectativas e tentando caber em lugares onde já não pertencemos?
No Laboratório Regenerativo, cada pilar é um convite a explorar essas transições — alimentação, descanso, movimento, desintoxicação, relações, propósito e prazer. Cada um deles é uma janela que se abre para novas formas de SER, independente do caos, independente do ruído. Porque o corpo, esse território vivo, está sempre pronto para ser redescoberto.
Sabe quando uma criança descobre que consegue pular? E passa horas repetindo o movimento, assombrada com a sensação de estar no ar? Ela se maravilha com o próprio corpo — pés saindo do chão, a gravidade cedendo, o ar fazendo cócegas na pele. O mundo inteiro se resume ao espaço entre o impulso e a queda. É isso! Vamos explorar esse território casa com curiosidade!
Fico pensando, quando foi que a gente parou de se assombrar assim? Quando foi que o corpo passou a ser apenas um veículo para carregar a cabeça?
Talvez o Laboratório seja isso: um campo aberto onde podemos reaprender a pular, a sentir o vento no rosto, a encontrar recantos que antes eram apenas paredes. Porque tenho certeza de que o corpo, assim como a infância, guarda segredos que a pressa adulta não lembra mais de ouvir.
Corpo é casa que se constrói ao longo da vida. E nele há quartos de memórias, quintais de emoções, corredores onde o tempo passa e deixa marcas. Marcas de cada dança, cada abraço, cada pausa.
No Laboratório Regenerativo, a gente abre espaço para sentir. Para ouvir o corpo como se ouve a chuva ou o vento. Ouvir por dentro sabe?
Hoje, te convido a sair correndo por dentro de si a descobrir portas que você nem sabia que estavam ali. A plantar novas sementes de presença e a colher cada sensação com curiosidade.
Cada sensação é um ponto no mapa desse território bendito.
O corpo que te espera não é um corpo ideal.
Não é aquele que você tenta construir com disciplina, dieta e comparação.
É um corpo sagrado — e, por isso, um tanto selvagem.
Ele guarda memórias, verdades e potências que talvez você não tenha acessado ainda.
E ele não quer mais ser domado, moldado ou ignorado.
Ele quer ser vivido. E isso não pode esperar.
Com carinho, Andressa.
Antes de que eu me esqueça:
E pra quem não fala Espanhol… Talvez esteja na hora de dar mais um passo. Não para mudar o mundo. Mas para começar um novo pacto contigo mesma.
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Começa com um gesto. Com escuta. Com vinte e oito dias. E segue essa inércia… O resto... o teu corpo sabe como fazer.